terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Austrália adere a acordo ambiental

Estados Unidos ficam ainda mais isolados após a decisão dos australianos de assinarem o Protocolo de Kyoto



Bali, Indonésia. A Austrália confirmou ontem a adesão ao Protocolo de Kyoto, que estabelece metas para os países desenvolvidos reduzirem a emissão dos gases que provocam o efeito estufa.

Na abertura da 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), na Indonésia, o negociador do país anunciou que o novo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, estava “assinando os papéis” para a inclusão no acordo e foi aplaudido por alguns minutos pelo plenário lotado das Nações Unidas. Maior exportador de carvão do mundo, a Austrália, assim como os Estados Unidos, até ontem havia se negado a aceitar metas obrigatórias de redução dos níveis de gases. Outros 36 países desenvolvidos concordaram com a redução, até 2012, de cerca de 5% das emissões em relação aos índices de 1990, como prevê o protocolo. A mudança de posição do ex-aliado parece não ter incomodado os representantes norte-americanos na COP-13.

Em entrevista coletiva à imprensa, o chefe da delegação dos Estados Unidos, Harlan Watson, disse que o país não se sente "isolado" depois da decisão dos australianos e que a mudança já era esperada após a vitória de Rudd.

"Cada país responde por si e decide se metas são ou não apropriadas. Os EUA decidiram que não. O presidente Bush respeita a posição da Austrália", disse. Segundo Watson, apesar de não aceitar a definição de metas, os EUA vieram à Indonésia com uma "posição flexível" para auxiliar nas negociações do cronograma de um novo regime sobre o clima.

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